quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Rancid


Os amigos californianos Tim Armstrong e Matt Freeman tocaram juntos na banda Operation Ivy de ska-punk até 1989, quando ela acabou. Tim se envolveu com drogas e álcool e o amigo Matt achou que ele precisava de uma nova atividade para se livrar do problema. A solução foi criar uma banda, a Dowfall, mas ela durou muito pouco. Matt não desistiu e montou outra, chamada Rancid.

A formação era Tim na guitarra, Matt no baixo e ambos no vocal. Logo chamaram o baterista Brett Reed e Matt saiu da outra banda que ele fazia parte, The Gr’ups, para se dedicar integralmente ao Rancid.


No início houve um convite a Billie Joe Armstrong para assumir as guitarras, mas este estava em grande crescimento com o Green Day.


Em 1992, saiu o primeiro ‘single’, "I’m Not The Only One", pelo selo Lookout Records. O grupo sentiu a necessidade de mais um guitarrista e chamou Lars Frederiksen, que também se tornou vocalista. Ele tocava na UK Subs, mas queria tocar em uma banda que tivesse somente interesse no puro punk-rock, como era o caso da Rancid.



O álbum de estreia homônimo chegou em 1993 sem a presença de Lars e já pela nova gravadora, a Epitaph. Ele não queria receber o mérito do disco já que não estava com a banda desde o início da criação das canções. Os destaques de Rancid foram as canções "Get Outa My Way", "The Bottle", "Unwritten Rules" e "Another Night". O grupo realizou vários shows pela Europa para divulgar o disco e conquistou fãs com a forte influência do ska e fazendo a troca de vocalistas na mesma canção (conhecido como Tag Team).

Finalmente, em 1994, Lars entrou em estúdio para gravar com o Rancid o single "Radio". A canção foi escrita em parceira com o guitarrista do Green Day, Billie Joe Armstrong, e traz muita influência das duas bandas. No ano seguinte, chegaram às lojas o segundo título, Let’s Go, considerado um clássico do grupo com a canção "Salvation", que foi a primeira a ser tocadas nas rádios. Ainda em 1994 Tim Armstrong grava junto com o Bad Religion a música "Television".


O grupo ainda encontrou tempo para realizar um projeto especial chamado Shaken ‘69, um grupo de ska com Dave Mello, Paul Jackson e Eric ‘Dinwitty’ Dinn. Mas os compromissos de todos com outras bandas os impediram de seguir adiante com o projeto. Eles conseguiram gravar apenas algumas canções e fazer poucos shows. No resto do ano, o Rancid ficou em turnê pelos Estados Unidos e o grupo esteve presente em álbuns especiais, entre eles o "Rock Stars Kill", uma compilação com o subtítulo "As 23 bandas que menos querem ser estrelas do rock".


Mesmo sem querer, o Rancid se tornava aos poucos um grupo bem sucedido. Em janeiro de 1995, eles lançaram um novo single com "Roots Radicals" e "I Wanna Riot", logo depois saíram em turnê pelas grandes capitais norte-americanas. Em março daquele ano entraram em estúdio por seis semanas para gravar com a pressão de repetir o sucesso do aclamado disco anterior e se superaram com o lançamento de And Out Come The Wolves.



O disco seguinte, Life Won’t Wait (1998), colocou o grupo mais próximo do ska. Dois anos depois, voltaram com o punk que estavam acostumados a fazer com Rancid. Como não podia ser diferente, alguns integrantes começaram a se dedicar a projetos paralelos. Eles criaram um selo pela Epitaph, o Hellcat, especializado em punk. Lars ainda lançou um disco pelo selo, "Lars Frederiksen & The Bastards". O lançamento mais recente do Rancid, Indestructible, em 2003, foi realizado pela Warner. Em novembro de 2006, o baterista Brett Reed anunciou que iria deixar a banda. Por enquanto a banda não possui um baterista fixo e nos shows estão contando com a participação de Branden Steineckert, ex-baterista da não tão punk banda "The Used". A banda anunciou o lançamento de um novo álbum em 2007, mas ainda não se sabe ao certo se Branden gravará o disco ou outro baterista será anunciado. Assim, em 2007 foi lançado um álbum que é uma coletânea de gravações mais antigas e até então nunca lançadas.

Recentemente, Matt Freeman sofreu com uma inflamação grave no pulmão por conta de seu grande vício, o fumo. Muitos boatos foram criados em cima da enfermidade de Freeman, alguns chegaram a dizer que o Rancid havia acabado pois Matt estava com câncer no pulmão, outros diziam que se o Rancid voltasse, provavelmente Freeman iria abandonar os vocais devido a um câncer na garganta, mas tudo foi esclarecido, e após uma cirurgia Freeman está de volta à ação.


Fotos: Reprodução

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