segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Van Halen




Eddie Van Halen e Alex Van Halen, filhos de músicos nascidos na Holanda, mudaram-se para a Califórnia ainda crianças, em 1967. Em meio a uma família de músicos profissionais (seus pais tocavam em festas de casamentos) desde cedo tomaram aulas de piano clássico. Logo porém Eddie e Alex passariam a tocar bateria e guitarra. Em 1974, com o vocalista David Lee Roth e o baixista Michael Anthony (que havia cantado em uma banda chamada Redball Jet) montaram a banda Mammoth (cujo nome mudaria para Van Halen ao descobrirem que já havia outra banda chamada Mammoth).

Com um repertório que misturava covers de pop-rock, hard-rock e algumas composições próprias se tornaram rapidamente a banda mais popular do circuito de clubes de Los Angeles.

Apesar das performances de palco explosivas do vocalista David Lee Roth o destaque da banda era outro. Eddie Van Halen começou a se destacar sobre os outros companheiros com sua técnica própria de tocar a guitarra ferindo as notas no braço martelando as cordas com ambas as mãos e criando técnicas que ficariam conhecidas posteriormente como tapping, hammer-ons e pull-offs. A velocidade e precisão de Van Halen eram algo inédito até então. Eddie Van Halen se tornaria em pouco tempo um dos mais influentes guitarristas modernos. 

Eddie e Alex Van Halen


Tendo chamado a atenção de Gene Simons (baixista do Kiss) a banda conseguiu um contrato com a gravadora Warner, lançando o seu primeiro álbum, auto-intitulado, em 1977. O álbum chegaria a platina. Os álbuns que se seguiram apenas confirmaram a popularidade crescente da banda.

O álbum chamado "1984" seria o divisor de águas na carreira do Van Halen, que passa ao status de uma das maiores do mundo. A música "Jump" tornou-se seu primeiro hit a chegar ao número 1. Dentro da banda, porém havia tensão crescente com Roth não se conformando em ser apenas um coadjuvante na banda do guitarrista Eddie Van Halen. Com Dave se dedicando demais a um disco solo, "Crazy from the Heat" (que trouxe o hit "Just A Gigolo") e deixando em segundo plano as gravações do Van halen, terminou sendo demitido. Para seu lugar foi chamado Sammy Hagar (que havia cantado na banda Montrose e seguido posteriormente uma bem sucedida carreira solo).

O álbum "5150" de 1986 foi o primeiro com o novo vocalista, chegando novamente ao número 1 das paradas americanas, sucesso repetido por "OU812" de 1988, "For Unlawful Carnal Knowledge" de 1991 e "Balance" de 1995. Em 1993 foi lançado o primeiro álbum ao vivo, o excelente "Live: Right Here, Right Now".

Clássica formação


Em 1995 começaram a haver atritos entre Eddie e Hagar, situação piorada pelos problemas de Hagar com álcool e pelo fato de Eddie se reunir a David Lee Roth para algumas composições. Com a demisão de Sammy Hagar foi anunciada a tão esperada reunião do Van Halen com David Lee Roth e duas novas canções foram gravadas para o disco "Best of Van Halen Vol 1". Infelizmente a reunião não passaria destas duas músicas, e Gary Cherone, ex-Extreme, foi anunciado como o novo vocalista do Van Halen.


Com o novo vocalista, lançaram em 1998 "Van Halen III", que não agradou crítica nem público, fato que com certeza contribuiu para a demissão de Cherone.

Em 2001 uma possível nova volta de Roth à banda foi adiada após declarações de que Eddie Van Halen estava com câncer na garganta. Apesar da gravidade da doença, o guitarrista se recuperou bem. A volta de Roth, porém, não se concretizou.


Apenas em 2004 a banda voltou à ativa para uma tour com Sammy Hagar nos vocais, reunião novamente prejudicada pelos problemas com álcool (desta vez do guitarrista) e brigas entre Sammy e Eddie que persistiam. O futuro da banda, ao fim da tour, era uma incógnita.

Em 2005 depois de uma nota publicada pelo baixista Michael Anthony, no site oficial, voltou a se questionar sobre o futuro da banda.

Em 2006, Sammy e Mike se desligam da banda. Eddie grava solo, pela primeira vez, duas músicas (instrumentais) para um filme adulto “Sacred Sin”: “Catherine” e “Rise”. No mesmo ano, o site oficial da banda deixa de existir.


Novamente é cogitado retorno de Dave à banda. O baixista Michael Anthony anuncia sua saída do grupo no mesmo ano; após isso, o filho de Eddie faz os primeiros ensaios no baixo com a banda.


Em recente entrevista à revista Guitar World Magazine, Eddie Van Halen declarou aquilo que milhares de fãs do grupo esperavam: ele e seus companheiros estão prontos para seguir em frente. E, de preferência, com David Lee Roth.


“Eu converso com Dave e falo: “Cara, mexa-se, venha para cá e cante! Vamos lá”, disse o líder do Van Halen. “Do jeito que a situação se encontra, a decisão depende de Dave. O que ele decidir disso tudo cabe somente a ele, mas nós já estamos prontos para seguir”.


Em Agosto de 2007, finalmente a banda concedeu uma coletiva onde afirmou que estaria realmente saindo em turnê, com David Lee Roth nos vocais e Wolfgang Van Halen (filho de Eddie Van Halen) no baixo. A turnê percorreu várias cidades dos Estados Unidos, com ingressos esgotados em todos os locais por onde passou, arrecadando a histórica quantia de 93 milhões de dólares.

Atual formação do Van Halen
 


Fotos: Reprodução

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Megadeth



Quando em 1983 foi expulso da banda Metallica, pouco antes de gravarem o primeiro disco Kill'em All, por seu irremediável problema com alcoolismo, Dave Mustaine jurou se vingar montando uma banda melhor e mais pesada que o Metallica. Na realidade Dave não foi oficialmente despedido, pior, foi colocado bêbado dentro de um ônibus pelos outros componentes e quando acordou estava do outro lado do país. Mustaine conseguiu, pelo menos em parte, cumprir sua promessa, montando o Megadeth, uma das melhores e mais influentes bandas de thrash metal da história do rock. 

Dave Mustaine no Metallica


A primeira versão do Megadeth contava, além de Dave, com o baixista David Ellefson, o guitarrista Chris Polland e o baterista Gar Samuelson. Com esta formação lançaram em 1985 o excelente "Killing Is My Business And Business Is Good". A aceitação, tanto por parte da crítica quanto do público, foi excelente. O diferencial em relação ao Metallica era bastante claro desde o início, as músicas eram mais rápidas, os instrumentais mais técnicos.

Após lançarem "Peace Sells But Who's Buying" em 1986, Chris Polland e Gar Samuelson foram despedidos da banda por Mustaine, sendo substituídos pelo guitarrista Jeff Young e pelo baterista Chuck Behler. 

"So Far So Good So What", lançado em 1988, foi seu álbum de maior sucesso até então, principalmente em virtude da excelente versão thrash metal do hino punk "Anarchy In The Uk" dos Sex Pistols (transformada em "Anarchy In The USA" e com algumas mudanças na letra).
A banda, porém, desde seu início, passava por problemas sérios de relacionamento, com Mustaine sempre menosprezando a participação dos outros membros e constantemente sofrendo overdoses ou sendo preso por porte de drogas. Em uma de suas muitas overdoses foi constatado que Mustaine havia ingerido oito tipos de drogas de uma só vez. Em mais uma de tantas crises na banda Mustaine despediu também Jeff Young e Chuck Behler.

Preso por dirigir sobre efeito de drogas e sendo reincidente Mustaine foi obrigado a se internar em uma clínica de reabilitação. Após alguns meses declarava-se um novo homem, sóbrio e mais responsável. Reformou a banda, chamando o guitarrista Marty Friedman e o baterista Nick Menza. A nova formação foi a melhor que já passou pelo Megadeth. Marty Friedman veio a formar com Mustaine uma das mais precisas e respeitadas duplas de guitarristas do thrash.

O novo álbum, "Rust In Peace", de 1990, realmente trazia um Megadeth mais adulto e meticuloso em suas composições, o que levou o álbum a ser considerado pela maioria o melhor trabalho da banda, e pela primeira vez um trabalho realmente da banda, não apenas de Dave Mustaine, conforme declarado por ele próprio. A turnê do disco passou pelo Brasil em 1991, quando a banda se apresentou no Rock In Rio II.

Considerado um dos melhores álbuns da história do Thrash metal.


Com "Countdown To Extinction", lançado em 1992, a tendência de elaborar o som e as letras se confirmou, inclusive com a banda sendo acusada de se vender e fazer música comercial, como é de praxe. Críticas radicais à parte, "Countdown to Extinction" foi um excelente álbum, mostrando uma banda profissional e ótimas composições. Destaque para as letras de Mustaine, várias abordando os problemas com drogas pelos quais havia passado.

"Youthanasia", lançado em 1994, manteve o bom nível do álbum anterior, embora não tenha conseguido a mesma repercussão. A eterna rixa entre Megadeth e Metallica, mais precisamente entre Mustaine e Hetfield, também foi encerrada, com o Megadeth e Metallica tocando juntos em alguns shows.

O trabalho que se seguiu, "Cryptic Writings", foi um álbum de "volta às origens" com músicas que lembram toda a carreira da banda. Apresentaram-se no Brasil em 1997, ao lado de Queensryche e Whitesnake. Logo após, Nick Menza teve que operar seu joelho em virtude de um cisto. Sua integração com a banda já não era a mesma e Dave Mustaine e David Ellefson decidiram substituí-lo por Jimmy Degrasso. Degrasso se apresentou no Brasil com o Megadeth em 1998 no Philips Monsters of Rock. Seu estilo agressivo e técnico se encaixou perfeitamente ao som da banda, e logo foi aclamado pela maioria dos fãs. Antes de tocar bateria no Megadeth, Degrasso já tinha se apresentado e tocado na banda de Alice Cooper. Antes disso, vale dizer, integrou por algum tempo uma das formações do Suicidal Tendencies.

A banda passou boa parte do ano de 99 preparando o novo disco. "Risk" foi a manifestação de mais uma ousadia do grupo, que trocou o som trash de antes (ainda presente no álbum "Cryptic Writings") por músicas ora calcadas no hard rock ora com elementos mais eletrônicos (como "Crush'Em" e "Insomnia"). O resultado desagradou muitos fãs, mas ainda foi êxito de vendas e rendeu alguns prêmios. 

Mustaine


Apesar da comparação com a fase "Load" do Metallica e o desgosto de parte do público, a banda iniciou um tour. Pouco depois da virada do ano, a Internet foi palco para muitos boatos sobre a saída de Marty Friedman. O que era algo pouco imaginável realmente aconteceu, e em janeiro de 2000 Friedman alegou interesse em seguir outro estilo de música diferente do praticado pela banda. Para completar a tour foi chamado Al Pitrelli, guitarrista do Savatage.

Em 2001, após uma tumultuada mudança de gravadora, o Megadeth lança "The World Needs a Hero", se não um dos melhores discos de sua carreira, pelo menos uma volta digna ao estilo metal.

Em 2002, logo após o bem sucedido lançamento de "Rude Awakening", esperadíssimo primeiro registro ao vivo oficial da carreira da banda, ocorre o inesperado: Dave Mustaine anuncia o fim do Megadeth. Em comunicado oficial explicou que uma grave lesão no braço prejudicaria a sua performance na guitarra e que aproveitaria a oportunidade para dar mais atenção à sua família, deixada de lado durante os anos de turnês e gravações. Boatos dariam conta de que o ferimento de Mustaine teria sido sofrido em uma clínica de reabilitação, após uma recaída no uso de drogas por parte do vocalista.

Era o ano de 2004, todos pensavam que a banda iria encerrar definitivamente suas atividades. Mas Dave Mustaine conseguiu se recuperar do seu problema no tendão e anunciou o reinício da banda. Além disso, lançou mais CDs remasterizados e com faixas novas.
Na metade do ano 2004, o Megadeth lança o álbum The System Has Failed. Para alguns o segundo melhor da história do grupo. As letras eram ótimas e faziam ataques ao governo americano. Chris Poland (guitarra), Vinnie Colaiuta (bateria) e Jimmy Lee Sloas (baixo) completaram a banda.
Após as vendas do novo álbum serem melhores de que o esperado, Mustaine anuncia uma tour pelo mundo. Chama o guitarrista Glen Drover e seu irmão Shawn Drover para a bateria. O baixista foi James MacDonough. Em 11 de outubro de 2005, a banda tocou no Brasil.

Em Fevereiro de 2006, o então baixista MacDonough foi despedido por Mustaine. Boatos na Internet sugeriram a volta de David Ellefson, que fez as pazes com Dave um mês antes. Todos queriam isso, menos o próprio David Ellefson. Chamou, então, o baixista James LoMenzo.

Ainda em 2006, a banda lançou o novo DVD intitulado Arsenal of Megadeth que foi muito bem vendido nos Estados Unidos.
 
2007 foi um grande ano para a banda norte-americana. Em março, a banda lançou um DVD intitulado That One Night, Live in Argentina. United Abominations saiu em maio e despontou como o retorno da banda às suas raízes. O álbum vem fazendo muito sucesso entre os fãs do mundo inteiro. Alguns até dizem ser o melhor álbum desde o clássico Rust In Peace.

Recentemente, a banda lançou uma nova coletânea, intitulada Megadeth Warchest, que traz 4 CD's com grandes músicas da banda, incluindo algumas inéditas e um DVD bônus de um show.

No dia 14 de Janeiro de 2008, Mustaine anunciou oficialmente a saída de Glen Drover por motivos particulares. O escolhido para substituir Glen foi o ex-guitarrista do Nevermore, Chris Broderick.
Com Chris Broderick na guitarra, a banda lançou em 2009 o excepcional Endgame, que até agora teve muito boa aceitação da mídia e do público, sendo considerado um dos melhores albuns já lançados pelo Megadeth.

No dia 8 de Fevereiro de 2010, Mustaine anuncia a volta do baixista original David Ellefson, que integrara a banda desde seu início até 2002. Junto com a volta de Ellefson, Mustaine anuncia a realização de uma turnê de aniversário de 20 anos do clássico Rust In Peace. Inicialmente realizada apenas nos Estados Unidos, a turnê é estendida para a América do Sul.

The Big 4
 Fotos: Reprodução

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Rock 'n roll nunca morrerá

Neil Young - Hey hey, my my

Hey hey, my my
Rock and roll can never die
There's more to the picture
Than meets the eye.
Hey hey, my my.

Out of the blue and into the black
They give you this, but you pay for that
And once you're gone, you can't come back
When you're out of the blue and into the black.

The king is gone but he's not forgotten
Is this the story of Johnny Rotten?
It's better to burn out than to fade away
The king is gone but he's not forgotten.

My my, hey hey
Rock and roll is here to stay
Hey hey, my my
Rock and roll will never die
 
Traduzido:
Hey Hey My My
Rock 'n roll nunca morrerá
Há mais que no quadro
Do que os olhos podem ver
Hey hey, my my

Fora do azul, dentro do preto
Eles te dão isso, mas você paga por aquilo
E uma vez que você tenha ido, você não pode voltar
Quando você está fora do azul e dentro do preto

O rei se foi, mas ele não é esquecido
É esta a história de Johnny Rotten?
É melhor queimar do que se apagar aos poucos
O rei se foi, mas ele não é esquecido

My my, hey hey
Rock 'n Roll está aqui pra ficar
Hey hey, my my
Rock 'n Roll nunca morrerá
 
 
 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

FRASE DE TERÇA

A posição sexual mais praticada no casamento é o cachorrinho: o marido senta e implora e a mulher finge de morta.”(Autor Desconhecido)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Neil Peart



Neil Peart nasceu no Canadá, em 12 de Setembro de 1952. Quando tinha 18 anos de idade, ele viajou para a Inglaterra com música em mente. Estando lá, ele foi obrigado a vender quinquilharias para os turistas para poder sobreviver. Entretanto, ele descobriu um livro chamado 'The Fountainhead' (O Manancial), escrito por Ayn Rand. O estilo de Rand influenciou o que Neil escreveu ao longo de sua carreira. A influência mais óbvia pode ser ouvida nas letras do álbum 2112.


"Eu fui para a Inglaterra com objetivos musicais. Mas quando você sai pelo mundo a fora, como todo adulto sabe, você está aberto a muita desilusão. Por isso, enquanto eu estive lá, tive que fazer um monte de coisas que garantissem o meu sustento. Quando eu voltei de lá, estava desiludido basicamente com a música como profissão em si. Eu decidi que seria um músico semi profissional somente para o meu entretenimento, tocaria músicas que eu gostaria de tocar e não contaria com isso como um meio de sobrevivência. Eu trabalhei em outros empregos e com outros tipos de atividades, assim eu não teria um compromisso em ser um baterista", diz Neil Peart.

Ironicamente, Neil estava numa banda chamada "Hush", antes de se juntar ao Rush. Neil apareceu para uma audição com o Rush, a qual ele achou que foi horrível. Alex não estava certo ainda, mas Geddy teve que convencê-lo a deixar Neil entrar para a banda.

"Foi engraçado porque Geddy e eu tocamos como se estivéssemos entrosados há muito tempo. Conversando, descobrimos que tínhamos muito em comum em termos de música e gostos pela literatura. Alex, por alguma razão, não estava num ótimo dia, então não tivemos muito o falar um para o outro. Tocando juntos, nós fizemos o que seria, mais tarde, o álbum Athem", conta Neil.

Rush

A partir desse dia Neil passou a fazer parte do Rush. Juntos, eles produziram 20 discos. Depois da 'tour' do Counterparts, Neil procurou um professor de bateria chamado Freddie Grubber com quem fez vários estudos. A técnica mis acentuada que Neil aprendeu com Grubber, foi sobre a pegada (grip). Agora, pelo menos nas músicas do álbum Test for Echo, ele usa o "tradicional grip".

Fotos: Reprodução

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Misticismo de Blake



William Blake nasceu em Londres no dia 28 de novembro, no ano de 1757. Filho de comerciante, desde a infância ajudava na loja de seu pai e entregava-se à leitura e ao desenho nas horas vagas. Lia Paracelso, Jakob Boheme, Swedenborg e outros. Nesta época, o jovem Blake já dava sinais do imenso potencial artístico que desenvolveria no decorrer de sua vida. 

O jovem Blake recebeu influência intelectual de seu irmão mais velho Robert, que morreu aos vinte anos vitimado pela tuberculose. Nesta época, dizia ter visto a alma de seu irmão ascendendo ao céu. Aos dez anos de idade, afirmava ver e se comunicar com anjos. A crença no mundo espiritual iria acompanhá-lo por toda vida e influir diretamente no misticismo de sua obra. 

Satã observando o amor de Adão e Eva

Pouco tempo depois, foi matriculado na "Royal Academy of Arts", onde aprendeu os estilos convencionais de gravura. Aos catorze anos tornou-se aprendiz de James Basire; função que exerceu por sete anos. Aos dezesseis, passou a se dedicar intensamente no estudo e reprodução gráfica das catedrais londrinas; especialmente a Abadia de Westminster, cujo estilo gótico fascinou o jovem artista. Ainda desenvolveu uma técnica própria de gravação, denominada Illuminated Printing; onde utilizava-se uma mesma matriz de cobre para desenhar e imprimir o texto de seus poemas. 

Aos vinte e cinco anos, casou-se com Catherine Boucher; analfabeta e filha de jardineiro. Este matrimônio não rendeu filhos ao casal. Mas Blake ensinou sua esposa a ler, escrever e a ajudá-lo nas impressões das gravuras. A partir de 1784, publicou largamente suas obras até cerca de 1803. Neste período, caracterizou-se a parcela mais importante de toda sua produção literária. Alguns títulos como The Book of Thel, seguido de The French Revolution (1791), e The Marriage of Heaven and Hell (1793), denotam o apogeu de sua criação. Este último é considerado a obra em prosa mais significativa de sua vida, cujo título deriva de Swedenborg e contém a Doutrina dos contrários; onde o autor em tom profético e misterioso, afirma: "sem contrários não há progresso". Em Visions of the Daughters of Albion (1793), Blake expressa mais uma opinião polêmica para seu tempo. Nesta obra, o autor afirma que os prazeres sexuais são sagrados e através destes, se alcança um novo estágio de pureza: a inocência. 

Em 1794, Blake passou a interagir com mais intensidade seus grandes talentos: a poesia e a pintura. Assim, The Gates of Paradise, Song of Experience and of Innocence representavam uma fase distinta de sua criação; onde as ilustrações e as palavras compunham uma obra única. Segundo o autor, manifestam "lados contrários da alma humana". Blake também prestava seu talento ilustrando obras de seus amigos. 

Por um certo tempo, o poeta sustentou-se exclusivamente com os ganhos de suas publicações. Mas, vivia a beira da pobreza. Os livros não tinham uma vendagem expressiva e eram muito baratos. A partir de 1803, integrou uma sociedade comercial de tipografia na Broad Street, 27. Lesado pelo sócio, Blake atravessou o momento financeiro mais conturbado de sua vida. O poeta só viria a se estabelecer novamente em 1809, quando promoveu uma exposição das próprias obras. Mas não houve o retorno esperado. 

O Grande Dragão Vermelho e a Mulher vestida de sol

O período entre 1810 e 1817, é considerado um momento obscuro em sua vida; onde Blake passa a ilustrar catálogos de fábrica de porcelanas. Em 1824, aos 67 anos de idade, iniciou as ilustrações para Inferno, da Divina Comédia (Dante). Sua dedicação foi tanta que até mesmo estudou o idioma italiano para compreender profundamente as idéias de Dante, chegando a produzir mais de cem ilustrações. No ano seguinte fez mais de vinte gravuras para Book of Job, uma de suas obras artísticas mais célebres.


A fase final de Blake é essencialmente mística. Seus poemas de atmosfera épica-proféticas como The Four Zoas, Milton, The Everlasting Gospel e Jerusalém, são complexas mitologias poéticas onde anuncia a redenção humana em uma "nova Jerusalém". Neste período, Blake já era visto como louco; mas ainda compôs obras líricas e herméticas como o Auguries of Innocence. Os versos iniciais deste trabalho sintetizam a grandeza de seu pensamento: To see a World in a Grain of Sand / and a Heaven in a Wild Flower (Ver um mundo num grão de areia / e o céu numa flor silvestre).

Embora religioso, Blake rejeitava a moral da época e a Igreja institucionalizada. Ainda desenvolveu uma linguagem própria e é um dos responsáveis diretos pelo ressurgimento do romantismo inglês. Não é possível dissociar o poeta e o pintor, já que sua obra é uma composição única, onde suas atividades artísticas somadas à intelectualidade contestadora, compõem um universo pessoal. Talvez por esse motivo, a grandeza de William Blake não foi compreendida por seus contemporâneos e ainda hoje, não é vista com o devido merecimento.

William Blake faleceu em Londres, em 12 de agosto de 1827; deixando incompleto um ciclo de gravuras que ilustrariam a Divina Comédia, de Dante. A grande maioria das chapas de cobre gravadas por Blake, foi destruída por Catherine, atendendo ao pedido do marido. Catherine morreu quatro anos depois.


Lápide de William Blake e Catherine Sophia

Fotos: Reprodução

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Solução Suicida?

Mera confusão de solução (alternativa) com solução (mistura).

Vinho é bom,
Mas uísque é mais rápido
Suicídio é mais lento com licor
Pegue uma garrafa, afogue suas mágoas
E amanhã elas irão embora
Irão embora

Pensamentos e feitos malignos
Frio, sozinho você se prende à ruínas
Pensou que ia escapar do estripador
Você não pode escapar da guardiã mestre

Porque você sente que a vida é irreal
E você está vivendo uma mentira
Que vergonha, a quem culpar?
E você está se perguntando por quê
Então você pergunta à seu barril
"Há vida após o nascimento?"
O que você viu pode significar Inferno nesta terra
Inferno nesta terra

Agora você vive dentro de uma garrafa
O estripador viajando à velocidade máxima
Ela está te alcançando, mas você não vê
O estripador é você e o estripador sou eu

Quebrando regras,
Batendo nas portas
Mas não há ninguém em casa
Faça sua cama,
Descanse sua cabeça
Mas você se deita ali e se lamenta
Onde se esconder?
Suicídio é a única saída
Você não sabe sobre o que realmente é

Vinho é bom,
mas uísque é mais rápido
Suicídio é mais lento com licor
Pegue uma garrafa, afogue suas mágoas
E amanhã elas irão embora

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pecar pecando


O inferno é um lugar que ainda dá calafrios em pessoas. Muitos tentam se passar por bonzinhos com o intuito de que na hora do julgamento será levado para o reino sagrado (céu). Mas será mesmo que tentar sem uma boa pessoa (do modo forçado e com medo) é a alternativa correta?

A meu ver... não. Podemos enganar as outras pessoas, mas como enganar aquele que sabe o que pensamos? Lubridiar-lo não é mais errado?

Fazendo o certo ou o errado você será julgado. Não temer os seus atos, mas saber onde errou.

Faça o que acha o certo, e não temerás o julgamento das suas ações.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Agatha Christie




Nascida Agatha Mary Clarissa Miller em Torquay, condado de Devonshire, Inglaterra, a 15 de setembro de 1890. Filha de um casal tipicamente vitoriano, mesmo sendo o pai, Frederick Miller, americano, foi criada segundo a melhor tradição européia. Seus pais tudo fizeram para que ela seguisse uma carreira de cantora lírica ou pianista. Mas Agatha Christie preferia passar o tempo escrevendo poemas e contos.

Ela foi educada em casa, onde estudou piano e canto, até que se casou em 1914, com o coronel Archibald Christie, cujo sobrenome adotaria até o final da vida. Quando começa a Primeira Guerra Mundial, ela se alista como voluntária no Exército da Cruz Vermelha. Atuando como enfermeira na Inglaterra, aceita um desafio da irmã: escrever uma história policial em que o leitor não pudesse desvendar a identidade do assassino antes do final da narrativa. Daí surgiu O Misterioso Caso de Styles, que tinha como protagonista um belga chamado Hercule Poirot, inspirado nos vários políticos belgas que se refugiaram na Inglaterra naquela época. Hercule Poirot seria ainda protagonista de uma série de outros livros, se consagrando como um dos maiores detetives já criados. Mas só em 1926 ela conseguiu chamar a atenção do público com O Assassinato de Roger Ackroyd. Algum tempo depois do lançamento deste, Agatha Christie desapareceu misteriosamente. Como em suas histórias, deixou rastros efêmeros, pistas difusas, confundindo toda a polícia inglesa, e provocando sérias suspeitas de estar à procura de promoção de publicidade para uma carreira mal começada.

Em 1930, já divorciada e romancista de sucesso, casa-se novamente. Desta vez com Max Mallowan, arqueólogo, com quem viaja pelo Oriente. É dessas viagens que ela tira inspiração para vários livros de sucesso como: Morte no Nilo, Intriga em Bagdá e outros.



Ela criou também outros personagens, como Miss Jane Marple, uma simpática velhinha profunda conhecedora da natureza humana, moradora da pequena Saint Mary Mead. A estréia de Miss Marple ocorreu no livro Assassinato na Casa do Pastor.

Seus mais de 80 livros publicados venderam mais de 1 trilhão de cópias em todo o mundo, fazendo de Agatha Christie a maior escritora de romances policiais de todos os tempos. Agatha Christie morreu no dia 12 de Janeiro de 1976 e seu marido 2 anos depois.


Fotos: Reprodução

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fim do White Stripes




Os norte-americanos The White Stripes noticiaram, nesta quarta-feira, o fim da sua carreira enquanto banda. Em pronunciamento, Jack e Meg White asseguraram que a decisão foi amigável, mas que a dupla não voltará a dar concertos ou a lançar novos discos.
 “A razão (da separação) não está relacionada com diferenças artísticas ou motivos de saúde (...). Acima de tudo, queremos preservar tudo o que é belo e especial nesta banda”, registraram os White Stripes.

A dupla, formada em 1997, agradeceu o apoio dos fãs ao longo dos anos e pediu-lhes que não vissem o fim da banda com “mágoa”, mas sim como “algo feito com respeito pela arte e pela música” criada pelos White Stripes.


“Os White Stripes já não pertencem à Meg ou ao Jack. Os White Stripes pertencem-vos e podem fazer com eles o que quiserem. A beleza da arte e da música é que podem durar para sempre se as pessoas o quiserem”, acrescentou o grupo no comunicado.


Em 13 anos de carreira, os White Stripes lançaram seis álbuns de estúdio, o último dos quais, “Icky Thump”, em 2007. Jack White continuará agora como músico dos Racounteurs e dos Dead Weather e prepara o lançamento de um novo projeto em colaboração com Danger Mouse e Norah Jones.


Fotos: Reprodução

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011