quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"Deus Salve a Rainha"


Sex Pistols foi uma banda ícone do punk rock, formada em 1975 em Londres. É considerada uma das maiores bandas punks de todos os tempos ao lado de Ramones e The Clash.

Homem-chave na propagação do punk rock na Inglaterra, Malcolm McLaren, já falecido aos 64 anos. A história de McLaren começa a ficar interessante em 71, quando abriu a Let It Rock, uma loja de roupas para a nova geração de teddy boys, os filhotes das gangues originais, surgidas nos idos de 53. Desde então, McLaren tornou-se uma celebridade entre músicos e modernos londrinos.


Em 1973, os integrantes da banda protopunk New York Dolls entram na Let It Rock. O visual da banda (uma mistura de glitter e sadomasoquismo) conquista McLaren e ele vira seu empresário. Em Nova Iorque, percebe o quanto os New York Dolls estavam datados e deixa o barco.


Apesar de renegar os Dolls, o empresário trouxe uma ideia brilhante dos Estados Unidos. Depois de perceber que o que valia no mundo do rock, em 75, era muito mais a atitude do que o som, McLaren decidiu construir uma banda segundo seus novos padrões.


Mais uma vez em Londres, reassume sua loja, agora chamada SEX, e transforma-a no epicentro do terremoto que sacudiria o mundo pop, ajudado pela estilista Vivienne Westwood. Segundo o próprio McLaren, criou os Sex Pistols.


Reunir os quatro Pistols foi fácil: Steve Jones e Paul Cook (respectivamente guitarrista e baterista) viviam na SEX. Glen Matlock, baixista e balconista da loja aos sábados, foi convocado imediatamente. Faltava escolher o vocalista.


Depois de descartar o crítico Nick Kent e o cantor Richard Hell para a vaga, a banda experimenta um velho freqüentador do sítio, um adolescente de dentes podres, chamado John Lydon. O teste é feito na loja, com o vocalista a cantar numa jukebox. Johnny, que nunca tinha cantado na vida antes, foi aprovado pela sua postura e comportamento anti-social, em resumo, era perfeito para a vaga. Os ensaios começam. Agora a banda chama-se Sex Pistols e John Lydon vira Johnny Rotten (literalmente, Joãozinho Podre).

(Glen Matlock, Johnny Rotten, Steve Jones, Paul Cook)


O primeiro concerto acontece em 6 de novembro de 1975, que foi um fiasco inevitável dada a pouca preparação da banda. Esse mítico show é retratado no filme 24H Party People. A personagem central do filme, Tony Wilson (patrão da editora Factory e da discoteca Hacienda - responsável pelo lançamento de bandas como os Joy Division, Happy Mondays e New Order), afirma no filme que aquele concerto foi o início do movimento que se seguiria, um movimento que ainda hoje permanece e com muito sucesso.

Em 14 de Setembro de 2007, os integrantes da formação original do Sex Pistols (Johnny Rotten, Steve Jones, Paul Cook e Glen Matlock) anunciam sua volta aos palcos em apresentação única. O show de dia 8 de novembro de 2007, na Brixton Academy, Londres, com o objetivo de comemorar os 30 anos do álbum "Never Mind The Bollocks" e também o realizar seu relançamento. 

(O primeiro e único álbum de estúdio)

Fotos: Reprodução

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FRASE DE TERÇA

"Uma mulher só precisa de quatro animais na vida: uma raposa no armário, um tigre na cama, um Jaguar na garagem e um burro para pagar por tudo isso." (Mae West)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Querida Amada


Como falar de alguém que possuo um sentimento tão profundo e complicado de simplificá-lo? E como sou uma pessoa de sentimentos rudes, fica bem complicado.



Tenho as mesmas reações desde primeiro dia que a conheci. Todo o corpo vibra quando está presente, o coração palpita. Sensação única que nunca esquecerei (acho q estou até viciado).
Aprendi que arriscar-se não é sempre uma má. O seu lado imprevisível faz com o que não me canse de você. Poderia ouvir-te todos os dias... em longas conversas, mesmo com o meu espírito silenciador (de pouca conversa).
Quando eu te conheci, não percebi que não consigo te esquecer.

Todos os dias eu penso em você. À noite, no período que antecede à hora do (pesado) sono, é o momento que bate a abstinência kkkkkkkk. Nesse momento sempre tento procurar palavras que descreva a estranho efeito que você provoca. Poderia listar “ene” palavras sobre a sua beleza, suas virtudes e da sua admirável alma que me toca profundamente. Mas até o momento nenhuma chegou próximo.

Quem a conhece sabe o quanto você é fascinante... desejando-a sempre por perto. (azar de quem não a conhece).

Amar-te-ei até você cansar de mim. Sempre estarei do lado da sua felicidade, e irei buscar não magoar-te.



Assim, nós: por que nos conhecemos? Por que o acaso quis? Foi porque através da distância, sem dúvida, como dois rios que correm a unir-se, nossas inclinações particulares nos impeliram um para o outro.” (trecho do livro “Madame Bovary”)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O vibrante “quarto branco”

Em uma curta carreira, de menos de três anos, e apenas quatro álbuns (apenas dois completamente de estúdio) o Cream foi um dos maiores responsáveis pela evolução (senão invenção) do hard-rock. Sua formação consistia de Eric Clapton (guitarrista que já havia tocado com os Yardbirds e Bluesbreakers), Jack Bruce (baixista e vocalista que também havia participado dos Bluesbreakers) e Ginger Baker (baterista que havia tocado com Bruce em uma pequena banda chamada Graham Bond). A banda Cream se formou em 1966 e o nome foi sugerido por Eric Clapton, que afirmava sobre sua banda: "we are the cream!" (nós somos o máximo). A formação power trio não era comum entre músicos de rock da época e também neste sentido o Cream foi uma banda pioneira.
(Ginger Baker, Jack Bruce e Eric Clapton)

Na época de sua formação foram a banda mais elétrica que já havia aparecido, influenciando entre outros a formação do Jimi Hendrix Experience (que veio a tocar com os ídolos e curiosamente também os influenciou) e Led Zeppelin. Na sonoridade do Cream letras e vocais eram de segunda importância, sendo mais valorizados as improvisações, solos e contribuições individuais de cada um dos instrumentistas, o que gerava shows imprevisíveis e longos.
Apresentavam-se para pequenas platéias como uma banda cover de clássicos do Blues, aproveitando algumas composições de suas bandas antigas. A tarefa de compor material inédito ficou ao encargo de Jack Bruce, que buscou a ajuda do letrista Pete Brown. Em 1966, após a excelente repercussão de alguns singles, lançaram seu primeiro álbum, "Fresh Cream". As influências de blues de raiz eram claras, mas não faziam com que o som da banda fosse menos original e excitante.
Em 1967, após uma bem sucedida turnê na América gravaram "Disraeli Gears". A banda assumiu neste LP uma postura mais experimental musicalmente, fazendo deste um dos precursores do rock psicodélico. Foram acrescentados instrumentos inusitados como sinos e órgãos.
A gravação dos shows, da sua primeira grande turnê americana, geraria o maior sucesso do Cream, o álbum "Wheels of Fire", de 1968, primeiro da história a ganhar um disco de platina por suas vendagens.
Com o fim da banda anunciado devido a constantes conflitos de personalidade fizeram uma turnê de despedida e lançaram o LP "Goodbye" em 1969 (metade das faixas era inédita e metade de gravações ao vivo). A música “Badge” foi a primeira parceria de Eric Clapton com George Harrison, que assina a música com o pseudônimo L'Angelo Misterioso.
Após a dissolução do Cream Eric Clapton formou as bandas Blind Faith (que também teve a participação de Ginger Baker) e Derek and The Dominoes. Jack Bruce seguiria a carreira como músico de jazz e produtor. 

 (Eric Clapton e a sua guitarra SG psicodélica)

(Disraeli Gears - 1967)

A capa do disco é das mais insanas. Depois tem uma “track list” difícil de ser superada. E termina como um dos melhores discos já gravados na história.
A capa deste disco foi criada por Martin Sharp, o mesmo cara que morou em um retiro de artistas com o Clapton e escreveu um poema chamado “Tales of Brave Ulysses” em um pedaço de guardanapo.
Afinal, este disco marca uma virada no som do Cream, que se deu com a parceria com o produtor Felix Papalardi, que os fez passar de um blues virtuoso para o rock psicodélico. Claro sem deixar o bom e velho blues de lado, o que é claro em “Strange Brew” que é construída em cima de um riff de Albert King (B.B. King).
Sem falar na música “S.W.A.L.B.R.”, que dizem que significa “She Walks Like a Bearded Rainbow”, ou que segundo o Clapton, nada mais é do que o riff da música transcrito. O que realmente faz todo sentido!
São dos poucos que não deixaram nem sequer um registro mediano, no meu ponto de vista. Os discos foram magistralmente construídos, disco a disco, época a época, no blues, no rock, no heavy rock, na psicodélica, construindo um estilo único.

Fotos: Reprodução

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mademoiselles de Penot


Albert-Joseph Penot [1862-1930] foi um pintor da escola francesa (movimento estético romantismo), pintou cenas de gênero e interiores com nus e oficiais da igreja. Ele estudou com o famoso artista Gabriel Ferrier, que é representado em museus por toda a França. Um membro da “Societaire des Artistes Français” de 1909 em diante, Penot exibiu com sucesso nos salões de Paris. Lá, ele foi premiado com uma menção honrosa em 1903 e uma medalha de terceiro lugar em 1908.

 Penot - "Bat-woman" (1890)

 Penot - " La nue d'or"

 Penot - "Salon Witch" (1910)

  Penot - "The Snake" (1905)

 Penot - "Autumn" (1903)

 Penot - "Salon d’Hiver Postcard (1)" (1910)

Pouco mais posso dizer sobre o artista, porque os dados são escassos, exceto que aprecio o seu estilo realista, com mulheres de belos corpos (peitudas) em situações projetadas para o pecado e atitudes inadequadas no seu período.

Fotos: Reprodução