(Ginger Baker, Jack Bruce e Eric Clapton)
Na época de sua formação foram a banda mais elétrica que já havia aparecido, influenciando entre outros a formação do Jimi Hendrix Experience (que veio a tocar com os ídolos e curiosamente também os influenciou) e Led Zeppelin. Na sonoridade do Cream letras e vocais eram de segunda importância, sendo mais valorizados as improvisações, solos e contribuições individuais de cada um dos instrumentistas, o que gerava shows imprevisíveis e longos.
Apresentavam-se para pequenas platéias como uma banda cover de clássicos do Blues, aproveitando algumas composições de suas bandas antigas. A tarefa de compor material inédito ficou ao encargo de Jack Bruce, que buscou a ajuda do letrista Pete Brown. Em 1966, após a excelente repercussão de alguns singles, lançaram seu primeiro álbum, "Fresh Cream". As influências de blues de raiz eram claras, mas não faziam com que o som da banda fosse menos original e excitante.
Em 1967, após uma bem sucedida turnê na América gravaram "Disraeli Gears". A banda assumiu neste LP uma postura mais experimental musicalmente, fazendo deste um dos precursores do rock psicodélico. Foram acrescentados instrumentos inusitados como sinos e órgãos.
A gravação dos shows, da sua primeira grande turnê americana, geraria o maior sucesso do Cream, o álbum "Wheels of Fire", de 1968, primeiro da história a ganhar um disco de platina por suas vendagens.
Com o fim da banda anunciado devido a constantes conflitos de personalidade fizeram uma turnê de despedida e lançaram o LP "Goodbye" em 1969 (metade das faixas era inédita e metade de gravações ao vivo). A música “Badge” foi a primeira parceria de Eric Clapton com George Harrison, que assina a música com o pseudônimo L'Angelo Misterioso.
Após a dissolução do Cream Eric Clapton formou as bandas Blind Faith (que também teve a participação de Ginger Baker) e Derek and The Dominoes. Jack Bruce seguiria a carreira como músico de jazz e produtor.
(Eric Clapton e a sua guitarra SG psicodélica)
(Disraeli Gears - 1967)
A capa do disco é das mais insanas. Depois tem uma “track list” difícil de ser superada. E termina como um dos melhores discos já gravados na história.
A capa deste disco foi criada por Martin Sharp, o mesmo cara que morou em um retiro de artistas com o Clapton e escreveu um poema chamado “Tales of Brave Ulysses” em um pedaço de guardanapo.
Afinal, este disco marca uma virada no som do Cream, que se deu com a parceria com o produtor Felix Papalardi, que os fez passar de um blues virtuoso para o rock psicodélico. Claro sem deixar o bom e velho blues de lado, o que é claro em “Strange Brew” que é construída em cima de um riff de Albert King (B.B. King).
Sem falar na música “S.W.A.L.B.R.”, que dizem que significa “She Walks Like a Bearded Rainbow”, ou que segundo o Clapton, nada mais é do que o riff da música transcrito. O que realmente faz todo sentido!
São dos poucos que não deixaram nem sequer um registro mediano, no meu ponto de vista. Os discos foram magistralmente construídos, disco a disco, época a época, no blues, no rock, no heavy rock, na psicodélica, construindo um estilo único.
Fotos: Reprodução
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